sexta-feira, março 26, 2010

A que custo?

Um absurdo isso, realmente estamos no limiar de uma quebra (institucional) muito ruim para o país... e o pior a oposição não parece ter o menor jogo de cintura que a situação exige. Estou ficando meio preocupado, acho que se a Dilma ganhar vai ser muito ruim, mas se o Serra ganhar não sei se será muito melhor, porque da forma polarizada como a coisa está se desenhando, é possível que haja muitos conflitos com os chamados "movimentos sociais", e o Serra parece bastante inábil nesse sentido. Não é questão de defender um lado ou o outro, ou quem está certo ou errado, como quer a turba dos , mas de estabilidade política, coisa que em grande medida o Lula soube manter... espero estar errado!

Enviado por Ricardo Noblat 26.3.2010 9h45m deu em o globo

A qualquer custo (Editorial)

Lula, rei das ambiguidades, quando disse ser a eleição do sucessor tudo o que um presidente pode desejar, estava falando sério.

Daí a antecipação da campanha à margem do espírito da legislação — conceder condições iguais aos concorrentes e impedir o uso da máquina pública —; e agora mais um drible na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), contra o discurso do próprio Lula de que não será a eleição que o fará ir contra a estabilidade econômica. Pois está indo.

Cabe lembrar que a LRF, aprovada na era FH, é um dos pilares da estabilidade, ao fixar limites de gastos para estados, municípios, Legislativo, Judiciário, e penalidades para o administrador público. Debelada a inflação pelo Plano Real, era imprescindível conter a tendência de gastos públicos sem freios.

O PT foi contra a lei, assim como se opusera ao próprio Plano Real. Depois, no poder, Lula teve de admitir a eficácia de políticas de equilíbrio fiscal para manter os preços relativamente estáveis, sem heterodoxias inúteis e custosas como tabelamentos.

Mas, como é parte do DNA ideológico lulopetista o sonho de um "Estado forte", entendendo-se por estado forte um ente de cofres sempre abertos, "responsabilidade fiscal" sempre foi um termo de difícil digestão no Planalto, mais ainda com a chegada de Dilma Rousseff e Guido Mantega à Casa Civil e à Fazenda.

Com as eleições deste ano, quando estará em jogo a permanência de diversos aparelhos — de sindicalistas, sem-terra, estudantes etc — próximos ao Tesouro, onde se encontram há mais de sete anos, as investidas contra a LRF tendem a se multiplicar. Já houve duas.

A primeira, para manter estados e municípios abastecidos de dinheiro do PAC, mesmo inadimplentes. Agora, o mesmo drible é dado na responsabilidade fiscal para que prefeituras, também com dívidas em atraso, continuem a receber recursos do programa Território da Cidadania. Rasga-se, assim, um importante dispositivo da lei.

O aspecto político-eleitoral da manobra é denunciado pelo fato de serem cidades de até 50 mil habitantes. São, portanto, lugarejos dependentes crônicos de repasses da União e estados, muitos localizados no "fundão" do Brasil, região eleitoralmente cevada pelo assistencialismo do Bolsa Família.

Lula deseja consolidar o controle sobre esses bolsões, antigos currais de votos da Arena, do PDS, do PFL, expressão da política mais atrasada praticada no país.

O PT virou o partido dos coronéis e do voto de cabresto no Norte e no Nordeste. Por isso, aplaude mais este atropelamento da LRF. Aumenta a herança maldita a ser deixada para o próximo presidente.

Horror à política

Folha de São Paulo, sexta-feira, 26 de março de 2010

FERNANDO DE BARROS E SILVA

SÃO PAULO - Não é preciso ser muito esperto para perceber que a greve dos professores paulistas liderada pela Apeoesp tem motivações políticas. Mas também não é preciso conhecer muito a história para saber que já havia greves, "políticas" inclusive, antes de o PT existir. Além disso, a estigmatização da "greve política" parece constrangedora para quem ingressou na vida pública como presidente da UNE na época do golpe de 64.

A Apeoesp reúne, de fato, o que há de pior no espírito corporativo. A aversão dos grevistas a qualquer política pública e salarial baseada na meritocracia é escandalosa. E nada justifica que um docente rejeite ser avaliado de forma periódica.

Por outro lado, também é fato que a categoria, de 230 mil pessoas, ganha pouco (o salário inicial é de R$ 1.800,00) e não teve nos últimos anos nem direito à reposição da inflação. Existe, pois, uma demanda material, antes de ser "ideológica".

A verdade é que José Serra dispensa aos grevistas exatamente o mesmo tratamento de que julga ser vítima. Demoniza, desqualifica, não reconhece os professores como interlocutores e parte de conflitos próprios do jogo democrático. Recusa-se a conversar porque são petistas, porque estão a serviço da campanha adversária, porque são, enfim, uns "energúmenos" -como disse a um infeliz que protestava.

Se no país falta oposição a Lula, os tucanos de São Paulo, há 16 anos no poder, também ficaram muito mal acostumados. Deve ser fácil governar São Paulo tendo a Assembleia Legislativa a seus pés. Sempre que a política não se desenrola entre quatro paredes, com atores previsíveis, Serra se revela inábil. Sua intransigência, que pode sugerir uma virtude republicana, também é um sinal de pendores autoritários.

Em 2008, sua condução desastrosa da greve da Polícia Civil, recusando-se ao diálogo simplesmente porque acreditava ter razão, desembocou numa batalha campal com a PM a poucas quadras do Bandeirantes. Desde então, pode-se dizer que Serra não aprendeu nada.

quarta-feira, março 24, 2010

Liberdade e ordem

http://www.olavodecarvalho.org/semana/100215dc.html

Liberdade e ordem

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 15 de fevereiro de 2010

Sei que magôo profundamente os sentimentos de meus amigos liberais ao afirmar que nenhuma filosofia política séria pode tomar como princípios fundantes as idéias de "liberdade" e "propriedade" – precisamente as mais queridas dos corações liberais. Mas, sinto muito, as coisas são mesmo assim.

Entendo por filosofia política séria aquela que não se constitui de meras justificativas idealísticas ou pragmáticas para ações que se inspiram, de fato, em razões de outra ordem, quer sejam estas ignoradas ou propositadamente escondidas pelo agente.

A missão da filosofia política não é dar uma aparência de racionalidade a opções e decisões pré-racionais. É dar inteligibilidade ao campo inteiro dos fenômenos políticos, possibilitando que ações e decisões tenham firme ancoragem na realidade dos fatos e na natureza das coisas. Para isso é estritamente necessário que seus próprios conceitos tenham inteligibilidade máxima, para que não se caia no erro de explicar obscurum per obscurius.

A liberdade, embora clara e nítida enquanto vivência subjetiva, não se deixa traduzir facilmente num conceito classificatório que se possa aplicar à variedade das situações de fato. A noção e a própria experiência da liberdade são de natureza essencialmente escalar e relativa. De um lado, é muito difícil dar um significado substantivo à noção de liberdade política sem ter esclarecido primeiro o da liberdade em sentido metafísico – uma questão das mais encrencadas. De que adianta defender a liberdade política de uma criatura à qual se nega, ao mesmo tempo, toda autonomia real? Se somos produtos do meio, de um condicionamento genético ou de um destino pré-estabelecido, é ridículo esperar que a mera promulgação de leis reverta a ordem dos fatores, assegurando-nos o direito de fazer aquilo que, de fato, não podemos fazer. Lembro-me, sem conter o riso, de uma conferência em que o filósofo da hermenêutica, Hans-Georg Gadamer, negava toda autonomia à consciência individual, fazendo dela o efeito passivo de mil e um fatores externos, e logo adiante reclamava dos regulamentos da universidade alemã, que não concediam espaço suficiente à liberdade de expressão individual. Com toda a evidência, ele exigia que a burocracia universitária revogasse mediante portaria a estrutura da realidade tal como ele próprio tinha acabado de descrevê-la.

De outro lado, a “liberdade” é, com freqüência, nada mais que um adorno retórico usado para encobrir a vigência de algum princípio totalmente diverso. Quando, com a cara mais bisonha do mundo, o liberal proclama que “a liberdade de um termina onde começa a do outro”, ele está reconhecendo implicitamente – embora quase nunca o perceba – que essa liberdade é apenas a margem de manobra deixada ao cidadão dentro da rede de relações determinada por uma ordem jurídica estabelecida. O princípio aí fundante é, pois, o de “ordem”, não o de “liberdade”. Isso basta para demonstrar que a “liberdade” não é jamais um princípio, mas apenas a decorrência mais ou menos acidental da aplicação de um princípio totalmente diverso.

Compare-se, por exemplo, a noção de liberdade com a de “direito à vida”. Esta é um princípio universal que não admite exceções nem limitações de espécie alguma. Quando você mata em legítima defesa, ou para proteger uma vítima inerme, não está "limitando" a vigência do princípio, mas aplicando-o na sua mais plena extensão: a morte do agressor aparece aí como um acidente de facto, que em nada afeta o princípio, já que é imposto pelas circunstâncias em vista da defesa desse mesmo princípio. Nenhum raciocínio similar se pode fazer com relação à “liberdade”. Quando você limita a liberdade de um para preservar a de outro, o que aí está sendo aplicado não é o princípio da “liberdade”, mas o da “ordem” necessária à preservação de muitas liberdades relativas.

Do mesmo modo, não existe “propriedade absoluta”, de vez que a propriedade é essencialmente um direito, portanto uma obrigação imposta a terceiros. O mero poder de uso de uma coisa não é propriedade, é posse. A propriedade só surge na relação social fundada pela “ordem”. O mero fato de que existam propriedades legítimas e ilegítimas mostra que a propriedade é dependente da ordem, portanto não é um princípio em si. Só para fins de contraste, imaginem se pode existir um “direito à vida” meramente relativo. Esse direito é um princípio que está na base mesma da ordem, a qual se torna desordem no instante em que o nega ou relativiza. A própria ordem, nesse sentido, não é um princípio (ao contrário do que imaginam seus defensores tradicionalistas e reacionários). Se, na hierarquia dos conceitos, toda ordem se coloca acima da "liberdade", como garantia da possibilidade de haver liberdade em qualquer dose que seja, nem por isso a noção de "ordem absoluta" deixa de ser impensável.

O primeiro dever de uma filosofia política séria é depurar os seus conceitos de toda contradição intrínseca e de toda confusão categorial. Sem isso, qualquer diagnóstico de um estado de fato ou todo fundamento que se possa alegar para ações e decisões é apenas um sistema de pretextos retóricos destinado a enganar não só o público, mas o próprio agente. Infelizmente a maioria dos opinadores políticos, acadêmicos ou jornalísticos, está incapacitada para essas distinções, que lhes parecem demasiado abstratas e etéreas, quando, por uma fatalidade inerente à inteligência humana, nunca é possível apreender cognitivamente o fato concreto senão subindo no grau de abstração dos conceitos usados para descrevê-lo.

Ainda a liberdade e a ordem

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 18 de março de 2010

Meu artigo “Liberdade e ordem” suscitou na internet um vendaval de discussões que, se revelam uma saudável agitação de idéias, demonstram, na mesma medida, que muita confusão ainda prevalece entre os liberais e conservadores brasileiros quando tratam de acertar suas diferenças e buscar, ao menos em hipótese, uma estratégia comum.

As palavras “liberdade” e “ordem” são com freqüência usadas como slogans, denotando o apego dos grupos políticos aos valores que lhes são caros. Mas, como já ensinava Aristóteles, a ciência política começa com a distinção entre o discurso do agente que expressa uma vontade política e o do estudioso que descreve ou analisa um dado da realidade. No Brasil, quem quer que diga alguma coisa sobre a política é interpretado automaticamente como um agente e respondido na clave dos valores e preferências, por mais frio e objetivo que tenha tentado ser. Esse fenômeno reflete, de um lado, o clássico verbalismo nacional, onde as palavras despertam reações emocionais diretas sem a mínima intermediação dos objetos reais que designam, e, de outro lado, a hegemonia do pensamento marxista, onde a distinção entre o agir e o conhecer é considerada ilegítima e o que se busca não é analisar o mundo, mas transformá-lo, sobretudo por meio da confusão deliberada entre teoria e praxis (falei disso no meu livro de 1996, O Jardim das Aflições). Se a primeira dessas doenças é endêmica no Brasil, a segunda não seleciona suas vítimas por ideologia, afetando até mesmo os cérebros mais hostis ao marxismo. Foi assim que a minha afirmação de uma hierarquia lógica entre dois conceitos – e entre as realidades histórico-sociais que lhes correspondem – acabou sendo interpretada como expressão de uma preferência pela ordem em detrimento da liberdade.

Ora, só tomadas como palavras-de-ordem partidárias podem a ordem e a liberdade ser ocasião de preferência e escolha. Usadas como sinais descritivos de realidades objetivas, não há entre elas nem oposição nem confluência, mas uma relação de conjunto e subconjunto: a liberdade é um elemento da ordem, não havendo portanto escolha entre “mais liberdade” e “mais ordem”, mas sim apenas entre ordens que fomentam a liberdade e ordens que a estrangulam.

Em todo sistema político, a liberdade é sempre e exclusivamente a margem de manobra repartida entre os vários agentes dentro da ordem jurídica existente; que a ordem é a condição possibilitadora da liberdade, e não esta daquela, como se vê pelo simples fato de que pode existir uma ordem sem muita liberdade, mas nenhuma liberdade fora da ordem, exceto num hipotético e aliás autocontraditório “estado de natureza”. A ordem pode inspirar-se no desejo de ampliar a margem de liberdade até o máximo possível, mas não há por que confundir entre o ideal inspirador de uma construção e os elementos substantivos que a compõem. Por definição, a ordem, qualquer ordem, da mais libertária à mais autoritária, não é um sistema de franquias e sim de obrigações, restrições e controles. Simone Weil já observava, com razão, que cada direito assegurado a um cidadão nada mais é do que uma obrigação imposta a outros e fora disso é apenas um flatus vocis. Uma ordem liberal, ou mais ainda libertária, só pode ser concebida como um sistema complexo de controles idealmente recíprocos (checks and balances) destinado a limitar a liberdade de todos de modo que a de um não se sobreponha à dos outros: a liberdade do agente individual é a margem que sobra no fim de todas as subtrações de parte a parte. Que a noção é problemática e um tanto paradoxal, revela-o o fato de que o mesmo processo legisferante necessário à preservação das liberdades pode se tornar opressivo quando os direitos proclamados são muitos e os controles criados para a sua manutenção geram o crescimento ilimitado da burocracia judicial, policial e administrativa.

Mas, afinal, nenhuma ordem é perfeita nos seus próprios termos. A ordem totalitária, oprimindo os de baixo, concede aos de cima uma liberdade ilimitada que desemboca no caos e na destruição mútua dos potentados.

terça-feira, março 23, 2010

Maluf é o cara

http://www.imil.org.br/category/blog/

22/03/2010

Maluf para presidente

A Interpol deu a Paulo Maluf o título que lhe faltava: "Procurado" – com direito a cartaz nos moldes dos filmes de faroeste. Em 181 países o ex-governador pode ser preso por remessa ilegal de dinheiro roubado.

Maluf é o primeiro procurado da história que todo mundo sabe onde está. Enquanto a polícia internacional o caça, o Brasil guarda-o com carinho. E com mandato parlamentar, endereço fixo na Câmara dos Deputados, CPF em dia e nome limpo no SPC.

Paulo Maluf é coisa nossa. Ao contrário de seu xará Paulo Vannuchi, que acorda a cada dia com uma idéia nova sobre como proteger o PT da imprensa, Maluf está tranqüilo. As manchetes para ele não têm a menor importância.

É um político maduro, calejado, que já superou a doença infantil dos dossiês e da conspiração contra a mídia. A esquerda sindical tem muito a aprender com ele.

Enquanto Dilma Rousseff fica gritando que os jornais querem ressuscitar o mensalão de 2005, Maluf não faz marola. Solta suas notas oficiais negando tudo, e toca o barco. Se encontram dinheiro sujo em nome dele num paraíso fiscal, diz simplesmente que não é dele. Melhor que tentar censurar a imprensa é ser imune a ela.

Se um repórter perguntar a Paulo Maluf o que a foto dele está fazendo num cartaz da Interpol sob a palavra "wanted", é capaz de ele responder que é um homem "querido".

Essa tecnologia ninguém tem. Quando Lula for embora do poder e o Brasil voltar a ter um presidente mortal, sujeito às contradições da vida, vai ser um solavanco atrás do outro. A não ser que o país eleja mais um andróide.

Maluf não é ex-operário, não veio do Nordeste para São Paulo num pau-de-arara, não tem mãe que nasceu analfabeta. Mas também é um símbolo nacional, um emblema do brasileiro que não desiste nunca, um homem que, como nenhum outro, fez a verdade recolher-se à sua insignificância. Um filho do Brasil que o pariu.

Esse cartaz da Interpol ainda vai virar panfleto de candidato à presidência.

(Reproduzido do portal da revista "Época")

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Especial de comentários do Jabor sobre o Maluf, o cínico metafísico, o homem teflon...

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2010/03/22/PAULO-MALUF-E-O-RONALDO-FENOMENO-DAS-MARACUTAIS.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2009/11/26/MALUF-ESTA-ACIMA-DE-TODOS-E-MAIS-UMA-VEZ-NADA-ACONTECERA.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2009/04/02/MALUF-E-A-PROVA-CONCRETA-DA-NECESSIDADE-DE-UMA-REFORMA-NO-SISTEMA-JUDICIARIO.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2009/08/05/SOU-FA-DO-MALUF.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2008/06/26/TENHO-QUE-CONFESSAR-UMA-COISA-SOU-FA-DO-MALUF.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2007/03/09/MALUF-FOI-CONDENADO-MAS-FOI-NOS-EUA.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2006/04/20/JUSTICA-ABSOLVE-PAULO-MALUF-NO-CASO-DOS-FUSCAS-EM-1970.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2004/06/16/MALUF-E-OUTROS-SUSPEITOS-NAO-TEM-QUE-SE-PREOCUPAR-MUITO-PORQUE-LOGO-O-MINISTERIO-PUBLI.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2004/10/14/PAULO-MALUF-QUE-INVENTOU-QUE-PROVA-NAO-E-PROVA-MERECIA-UM-ESTUDO-SOBRE-SUA-VIDA-PARA-S.htm

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2004/05/12/PAULO-MALUF-E-A-PROVA-VIVA-DE-QUE-NOSSO-SISTEMA-JURIDICO-PRECISA-SER-REFORMADO.htm