por Eduardo Eliseu
Freud explica o Lula: ele sofre de um intenso e pertubador complexo de inferioridade em relação ao FHC, que o leva a obstinadamente tentar mostrar que seu
governo é melhor do que o dele. Certamente também se sente menor diante das pessoas pq não estudou e não gosta de ler .Precisa demais da
aprovação de terceiros, e sofre pq a imprensa não levanta a sua bola.O OtávioFrias tocou no dedo da ferida.A sua maior virtude é capacidade de liderança,
além da ser muito carismático.Parece ser um lider de massa, e orador, maior do que Getúlio, mas este negócio de líder sindical, ou de massa, é coisa
ultrapassada.
Vou contar uns casos: em 1979 ele veio a Divinópolis, junto com uns líderes sindicais ( Ormarzinho- um grande orador, Alemão,Djalma Bom ) para um
comício de lançamento do PT, no auditório do colégio São Geraldo, quando ,aliás, o Lula conheceu o Luiz Dulci e ficou impressionado com o mesmo.
O comício lotou, muitos operários, e agitação foi tão intensa que dias depois irrompeu uma greve de metalúrgicos na cidade.A polícia caiu em cima dos
inexperientes líderes e eles todos fugiram para uma cidade vizinha= Itáuna. Lá eles estavam desolados, sentados em uma praça pública e sem idéia de
como proceder.Foi quando o Caderninho foi ao telefone público e ligou a cobrar para o sindicato de São Bernardo e conseguiu por o Lula na linha.
Ai ele deixou o tel pendurado no gancho e foi lá nos sindicalistas e falou que o Lula queria falar com eles. O Lula tinha conhecido todos eles, dias antes,
e passou um sabão, além de dar orientações, nos caras.Eles criaram coragem e voltara para Divinópolis, reassumindo a coordenação da greve.Todos
perderam os empregos e agora foram idenizados pela comissão de anistia.
Durante a estadia dos líderes aqui, por um fim de semana, percebemos que era um grupo altamente enebriado com a fama recente.O Lula se vangloriava das
jornalistas que ele comia ( alô Contribuinte,pode escrever " comia" aqui"?), e era uma cachaçada só, e jogo de truco..Mas também me lembro dele triste
e isolado em um canto por que estava ausente em um dia de aniversário de um dos seus filhos.Ele gostou do Caderninho, e -anos depois- o reconheceu
e deu-lhe um abraço, em uma noite de autógrafos em BH.
Uns anos depois ele voltou a Divinópolis e o Celso Aquino, um comunista histórico, já falecido, quis me sacanear ( sacanear pode, Contribuinte?) e me apresentou a ele
dizendo que eu era o organizador do PTGay local. Neguei na hora, mas horas depois vi que não adiantou: à noite, na saída do discurso que ele fez em um
recinto fechado, ele me viu( eu estava junto da minha mãe) ,se aproximou e bateu a mão no meu ombro e disse "tchau rapaz''. Na hora pensei:'ainda por cima eu aqui com a
minha mãe, agora ele deve estar 100% certo de que eu sou gay'! Hehehe.
Li um depoimento dele em que ele conta o seguinte: quando trabalhava como torneiro mecânico na Villares, em São Bernardo , na hora do almoço ele ia
para o boteco em frente, tomava umas pingas, almoçva e depois ia jogar futebol, debaixo de um sol de meio-dia, e, terminado o horário do almoço, voltava para dentro
da fábrica e ia trabalhar.É notável que um sujeito deste chegou à presidência da república, e não fez feio.