terça-feira, outubro 13, 2009

Manifesto da Força Popular

Este é o texto inicial da FORÇA POPULAR, um movimento popular de Belo Horizonte, aberto às mais diversas opiniões.


"Liberdade" e "vontade" - Qualquer ação, para valer alguma coisa, já dizia Lock, deve envolver essas duas palavras. Antes de tudo, a pessoa deve ser livre para decidir o que quiser, para ter consciência das coisas; então, ela poderá optar, escolher, agir ou falar. Ninguém pode defender uma ideia ou um interesse se estiver sendo obrigada a isso. Se não tivermos liberdade e vontade as ações estarão fadadas ao fracasso, mesmo que a curto prazo haja um aparente sucesso. Com elas, uma ação flui naturalmente, pois as pessoas sabem o que é bom pra elas e escolhem isso - realmente "ganham" em suas relações. Em suma, não se pode obrigar as pessoas a fazerem o que elas não querem, e tudo que for feito deve ser feito por vontade própria e independente, mesmo que disso resulte alguma vontade social.



Milhões de brasileiros revelam-se indignados com as situações negativas e mazelas do mundo ao redor, sendo o mundo político, não por acaso, alvo geral de críticas. No entanto, não existe a possibilidade de uma participação efetiva das pessoas nos processos políticos que fuja dos meios tradicionais de mídia. Nossas conspirações são mentais, individuais - nunca conseguiremos compreender a realidade social e política da nossa cidade ou bairro, quiçá do país. Como fazer para possibilitar uma atuação das pessoas de forma livre e independente? Existem diversos grupos populares, desde a associação de rua ao grupo da faculdade, que cumprem muito bem seus objetivos locais. No entanto, a sensação é de que são vários, pequenos e fragmentados, e de que sempre falta algo ou algum lugar a mais para estar. Com certeza, essa sensação não será perdida tão cedo, em qualquer nível social, pois a sociedade não suporta mais visões totalitárias sobre o mundo. A política e a possibilidade de atuação democrática do povo são vistas com descrença, o que é positivo por um lado, pois visões romantizadas dos políticos e dos coordenadores de ações e relações sociais no geral não podem perdurar se o que importa é o bem-estar de todo o povo. Qualquer ação social que se diga digna deve oferecer alguma utilidade prática a sua localidade, não se pode fazer nada verdadeiramente se apoiado no sonho doentio de alguns.


Hoje as fontes de informações são bastante desconcentradas, ou pelo menos muito mais acessíveis do que eram há algumas décadas atrás. A própria universidade, considerada tradicionalmente a “meca” do conhecimento, não pode mais ser vista como tendo o monopólio dele, apesar de ainda guardar grande credibilidade para ratificar ou não as “verdades” sociais. A explosão da internet trouxe à tona o completo derrame das informações a partir dos grupos tradicionais, de forma que não existe mais uma elite delimitada detentora das ideias, e portanto, das ações. Cabe ressaltar que um conhecimento generalizado é também específicos em suas propostas, e, portanto, não é tão generalizado assim.


Nosso objetivo não é formar um grupo particular, restrito, mas um grupo com a maior diversidade possível, de modo a abrir um espaço livre, irrestriro e gratuito para as livres opiniões. Além disso, procuramos uma forma mais fácil de interação que ajude de fato a todos. Não nos sentimos donos de qualquer verdade. Iremos nos pautar no senso de convivência próprio de quem está de alma tranquila. Também não queremos fingir termos uma importância que não temos, apenas discutir falar ideias para serem pensadas com calma . Gostaríamos de ser uma força paralela, investigativa e questionadora dos três poderes e da sociedade no geral, que não ignore a realidade e apenas dessa forma possa ter alguma relevância. O essencial é que as conversas propiciem a nós, participantes, inspirações da melhor qualidade.







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